23/09/2009

RUM


A cana-de-açúcar começou a ser cultivada nas Canárias, em 1433, e dali transportada pelas esquadras de Cristóvão Colombo para as índias (novo mundo).
Nos princípios do século XVI surgiu o primeiro rum destilado a partir da cana-de-açúcar. Existem várias histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época. Alguns "experts" na matéria defendem que a palavra rum deriva de Rumbullion ou Rumbustion. Expressões usadas, na gíria, pelos ingleses para descrever os excessos provocados pelos bêbados. Outros afirmam que a palavra rum tem origem latina, saccharum (açúcar). No século XVII, o rum era já muito conhecido, sendo considerado como uma bebida medicinal que curava todas as doenças e expulsava os "demónios" do corpo. Em 1775 o rum era a bebida mais vendida na América, o consumo anual per capita era de aproximadamente 18 litros.
Rum cubano: rum leve, com teor alcoólico de 40°GL, pode ter coloração transparente (para coquetéis) ou dourada. A marca mais famosa deste tipo de Rum é a Havana Club (propriedade do Estado Cubano), esta marca surgiu através da Bacardi quando esta foi privatizada para os EUA. Por esta razão, a Bacardi é uma marca americana, sendo muitas vezes considerada erradamente uma marca cubana.
Rum da Jamaica: o mais forte de todos os tipos de rum. Tem teor de quase 75°GL, e geralmente é exportado para a Inglaterra, onde é envelhecido em tonéis de carvalho por muitos anos;
O álcool é consumido por via oral e é um desinibidor e depressor. Após a sua ingestão, começa a circular na corrente sanguínea, afetando todo o organismo, em especial o fígado. A nível dos neurotransmissores, é facilitador da transmissão dopaminérgica, que está associada às características aprazíveis das drogas. Bloqueia o funcionamento do sistema nervoso central, provocando um efeito depressor. A aparente estimulação conseguida com o álcool é, na realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controlo inibitório do cérebro. Em primeiro lugar são afetados os centros superiores (o que se repercute na fala, pensamento, cognição e juízo) e posteriormente deprimem os centros inferiores (afetando a respiração, os reflexos e, em casos de intoxicação aguda, provocando coma). Apesar da ampla função terapêutica do álcool durante a Idade Média, atualmente tem uma utilização muito restrita a este nível. É usado para desinfecção e cura de algumas lesões na pele. O consumo moderado de álcool pode ser benéfico, dado que reduz o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.
É muito procurada devido à crença de que os seus efeitos são estimulantes. De fato, as bebidas alcoólicas podem induzir um estado inicial de desinibição, loquacidade, euforia, falsa segurança em si próprio e, por vezes, impulsos sexuais desinibidos ou agressivos. O fato do indivíduo se sentir muito seguro de si próprio, como conseqüência da depressão do sistema nervoso, poderá potenciar a adoção de comportamentos perigosos. Neste âmbito, fazemos referência ao exemplo dos acidentes de tráfego, a primeira causa de morte entre os jovens.
Quando consumido de forma crônica pode provocar efeitos a longo prazo nos diferentes órgãos vitais. Assim sendo, pode verificar-se a deterioração e atrofia do cérebro, anemia, diminuição das defesas imunitárias, alterações cardíacas (miocardite), hepatopatia, cirrose hepática, gastrite, úlceras, inflamação e deterioração do pâncreas, transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras, rebentamento de capilares, cancro e danos cerebrais. Também a nível psicológico e neurológico estes efeitos poderão ser notados - irritabilidade, insônia, delírios por ciúmes, mania da perseguição, psicose e, nos casos mais graves, encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica).
O álcool origina tolerância e grande dependência física e psicológica. Em alguns casos, encontra-se a chamada tolerância negativa, a qual se encontra em indivíduos que ficam completamente ébrios com o consumo de uma pequena quantidade de etanol.
O síndrome de abstinência provocado pela supressão do álcool costuma ser bastante intenso, requer, por vezes, cuidados médicos urgentes. Geralmente, nas primeiras horas de privação pode sentir dor de cabeça forte, náuseas, enjôo, vômitos, inquietação, nervosismo e ansiedade, aos quais se podem seguir cãibras musculares, tremores e grande irritabilidade.