08/12/2009
A ABSORÇÃO E DEGRADAÇÃO DO ÁLCOOL NO CORPO HUMANO
A enzima álcool desidrogenase degrada uma pequena quantidade do álcool que passa através do estômago. Quanto mais álcool for degradado no estômago, menos vai para o sangue.
A maior parte do álcool ingerido é absorvida pelo intestino delgado e vai diretamente para a corrente sangüínea. Uma pequena proporção da quantidade de álcool absorvida é removida do corpo através da urina, suor e respiração. Os testes de bafômetro feitos pela polícia são baseados na eliminação do álcool através da respiração. Porque um pouco do álcool absorvido escapa através desta rota sem ter sido degradado, a respiração inevitavelmente terá um típico odor de álcool.
Após ser ingerido, o álcool, é absorvido no intestino e entra na corrente sanguínea. A absorção dá-se 5 a 15 minutos depois da ingestão se não há alimentos no estômago e 30 a 60 minutos depois da ingestão se for ingerido durante a refeição. Uma vez na corrente sanguínea o álcool passa pelo fígado onde é metabolizado. O fígado é capaz de destruir 24 gramas de álcool por dia.
Adultos saudáveis que consomem a mesma quantidade de etanol (0,5 gramas por kg de peso corporal) em um estômago vazio na forma de cerveja, vinho ou destilado mostram diferentes níveis de álcool dependendo do tipo de bebida. Quanto maior for a concentração de etanol na bebida, maior será o nível de álcool no sangue. Após beber destilados, o nível de álcool é maior do que após beber a mesma quantidade de vinho ou cerveja.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 50% dos homicídios e das mortes por acidentes de trânsito no estado de São Paulo estão relacionados ao consumo de álcool.
06/12/2009
ÁLCOOL E CÂNCER

O álcool provoca mutações no DNA da célula. Produto do metabolismo do álcool, o acetaldeído também aumenta o risco de mutações celulares, além de impedir a inativação de aldeídos endógenos produzidos normalmente pelas células. A microflora oral também favorece a inativação de acetaldeídos.
Alterações genéticas da enzima aldeído desidrogenase podem favorecer a produção de acetaldeídos e explicar por que alguns indivíduos desenvolvem doenças relacionadas ao álcool e outros não. Há muitas evidências que mostram um sinergismo entre álcool e fumo. Isso se deve à quantidade de acetaldeído presente nos cigarros, que se dissolvem na saliva durante a ingesta alcoólica acompanhada do fumo. O tabaco também altera a flora oral, favorecendo ao aumento dos níveis de acetaldeído na saliva. Por outro lado, a ingestão de vegetais, ricos em antioxidantes como a vitamina C e o B-caroteno, parece diminuir os efeitos nocivos do álcool e do fumo sobre os danos do DNA. Os folatos podem promover reparo do DNA que sofreu alteração.
O álcool no aparelho digestivo é responsável por várias doenças, além do aumento do risco de câncer. Após a sua ingestão ele diminui o tônus do esfíncter esofágico inferior, propiciando refluxo gastroesofágico. Além disso, aumenta o risco de vômitos e de alterações da mucosa do esôfago. No estômago, o álcool pode alterar a secreção gástrica e a motilidade. No intestino delgado pode ocorrer diminuição da absorção pela mucosa, com aparecimento de diarréia.
O câncer é hoje umas das principais causas de morte e morbidade. Mundialmente, são diagnosticados por ano 10 milhões de pacientes com câncer e aproximadamente 6 milhões morrem pela evolução da doença. Aproximadamente 40% desses tumores estão relacionados a fatores externos como dieta, álcool, fumo, vida sedentária e infecções. O álcool e o fumo agem sinergicamente e aumentam o risco de câncer de boca, laringe, faringe e esôfago, além de pâncreas e pulmão. Oitenta por cento dos homens e 60% das mulheres com câncer de boca são fumantes e etilistas. O carcinoma espinocelular de esôfago é ainda o tipo mais freqüente em nosso meio. Acontece principalmente nos terços proximal e médio do esôfago, sendo relacionado na maioria das vezes ao tabagismo e ao etilismo. O fumo aumenta o risco de carcinoma espinocelular de esôfago em 3 a 8 vezes, o álcool em até 18 vezes. A associação fumo e álcool torna esse risco 44 vezes maior.
Os tumores que acometem o fígado são na maioria das vezes metastáticos, provenientes de cânceres do aparelho digestivo, mas também de outros, como mama, ovário, rim, etc. O hepatocarcinoma é o tumor primário de fígado mais freqüente. Em nosso meio, a maioria dos doentes com hepatocarcinomas é portador de hepatopatia crônica. A infecção pelo vírus B e C da hepatite ou a cirrose alcoólica são os principais fatores de risco desse câncer.
01/12/2009
A porta de entrada está escancarada!
Além da dependência, o álcool é fator inequívoco de criminalidade.Existem pessoas que ficam agressivas sob efeito de bebidas alcoólicas e as conseqüências são percebidas nas Delegacias de Polícia: brigas em bares, lesões corporais graves, homicídios, sem contar os milhares de casos, onde as mulheres são espancadas por seus companheiros, o que acaba destruindo famílias inteiras, fazendo com que os filhos caiam nas ruas, em busca de “fuga”,para que não precisem mais ver seus familiares se agredindo e gastando o pouco do dinheiro que tem, com este vício.
Os jovens também têm sido grandes vítimas deste problema que afeta nossa sociedade. A proibição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos quase não vigora na prática. Enquanto se fala muito que a maconha, embora não seja uma droga pesada, deve continuar sendo proibida no Brasil porque seria "a porta de entrada para outras drogas", não prcebem que na vrdade, a maior porta de entrada já esta aberta a tempos e da forma mas simples que se possa imaginar.
A bebida destrói famílias mais do que qualquer outra droga. É claro que todas as substâncias entorpecentes, após algum tempo de uso, geram a mesma desgraça. A diferença é que o álcool consome o indivíduo rapidamente, tornando-o incapaz para o trabalho e insuportável na convivência. Por turvar imediatamente a consciência, o alcoolismo é impossível de passar desapercebido; a primeira coisa que o dependente perde é o emprego, depois o apoio da família, por fim, a própria vida.
O álcool precisa deixar de ser uma imposição ligada ao lazer. Tanto adolescentes quanto adultos costumam ir a festas já pensando em consumir bebidas alcoólicas. Embebedar-se é o objetivo principal de muitos. Já os que não toleram o álcool ou simplesmente preferem evitar os seus efeitos são pressionados a beber de qualquer jeito, sob pena de sofrer rejeição do grupo, o que, para os inseguros, é desastroso.
Quem não bebe sofre tanta pressão que chega a ser constrangedor. É esse padrão social que precisa mudar. E quem optar pelo álcool, cuidado: não faça dele uma razão de viver.
Texto baseado nos dizeres da autora Luiza Nagib Elu.
Video : http://www.youtube.com/watch?v=Z96o7NBWGZc
30/11/2009
Tratamento do Alcoolismo

O alcoolismo essencialmente é o desejo incontrolável de consumir bebidas alcoólicas numa quantidade prejudicial ao usuário. O núcleo da doença é o desejo pelo álcool: há tempos isto é aceito, mas nunca se obteve uma substância psicoativa que inibisse tal desejo. Como prova de que inúmeros fracassos não desanimaram os pesquisadores temos hoje, já comprovado ou em fase avançada de testes, 3 substâncias eficazes na supressão do desejo pelo álcool: Naltrexona, do Acamprosato e da Ondansetrona.
O tratamento do alcoolismo não deve ser confundido com o tratamento da abstinência alcoólica. Como o organismo incorpora literalmente o álcool ao seu metabolismo, a interrupção da ingestão de álcool faz com que o corpo se ressinta: a isto chamamos abstinência que, dependendo do tempo e da quantidade de álcool consumido, pode causar sérios problemas e até a morte nos casos não tratados. As medicações acima citadas não têm a finalidade de atuar nessa fase. A abstinência já tem suas alternativas de tratamento bem estabelecidas e relativamente satisfatórias.
O Dissulfiram é uma substância que força o paciente a não beber sob a pena a de intenso mal estar se isso for feito: não suprime o desejo e deixa o paciente num conflito psicológico amargo. Muitos alcoólatras morreram por não conseguir conter o desejo pelo álcool enquanto estavam sob efeito do Dissulfiram, mesmo sabendo o que poderia acontecer: não conseguiram evitar a combinação de álcool e Dissulfiram. Fatos como esse servem para que os clínicos e os não-alcoólatras saibam quanto é forte a inclinação para o álcool sofrida pelos alcoólatras: é mais forte que a própria ameaça de morte. Podemos fazer uma analogia para entender essa evolução. Com o Dissulfiram o paciente tem que fazer um esforço semelhante ao motorista que tenta segurar um veículo laderia abaixo se pondo à frente deste, tentando impedir que o automóvel deslanche atropelando o próprio motorista. Com as novas medicações o motorista está dentro do carro, apertando o pedal do freio, até que o carro chegue no fim da ladeira. Em ambos os casos é possível chegar ao fim da ladeira (controle do alcoolismo). Numa o esforço é enorme, causando grande percentagem de fracassos, noutro o esforço é pequeno permitindo grande adesão ao tratamento.
Vejamos agora algumas informações sobre as novas medicações.
Naltrexona
A natrexona é uma substância conhecida há vários anos. Seu uso restringia-se ao bloqueio da atividade dos opióides: é uma espécie de antídoto para a intoxicação de heroína, morfina e similares. Recentemente verificou-se que a Naltrexona possui um efeito bloqueador do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. A Naltrexona foi a primeira substância a atingir a essência do alcoolismo: o desejo pelo consumo de álcool.
Os principais efeitos da Naltrexona são inibir o desejo pelo álcool e mesmo que se beba o prazer da sensação de estar "alto" é abolido. Assim, a bebida para o alcoólatra em uso de Naltrexona se torna sem graça; como não há uma interação danosa entre Álcool e Naltrexona como existe entre Álcool e Dissulfiram, a Naltrexona exerce uma real atividade terapêutica.
Os principais efeitos colaterais da Naltrexona, o enjôo e o vômito não são intensos o suficiente para impedir o seu uso, isso permite que os pacientes adiram ao tratamento prolongado. Agora ficou mais fácil diferenciar o alcoólatra impotente perante seu vício daquele que, simplesmente, não quer abandonar o prazer da embriaguez.
Por fim não podemos esquecer que nem todos pacientes se beneficiam da Naltrexona, ou seja, há uma parcela da população, que mesmo em uso da Naltrexona mantém o prazer da bebida, nesses o tratamento é ineficaz. A Naltrexona foi o primeiro e grande passo para o tratamento do alcoolismo, mas não resolveu todo o problema sozinha.
Acamprosato
Essa substância ao contrário da Naltrexona é nova e foi criada especificamente para o tratamento do alcoolismo. O acamprosto atua mais na abstinência, reduzindo o reforço negativo deixado pela supressão do álcool naqueles que se tornaram dependentes. Podemos dizer que há basicamente dois mecanismos de manutenção da dependência química ao álcool. Inicialmente há o reforço pelo estímulo positivo, pela busca de gratificação e prazer dadas pelo álcool. À medida que o indivíduo se torna tolerante às primeiras doses, passa a ser necessária sua elevação para voltar a ter o mesmo prazer das primeiras doses. Nessa fase o indivíduo já é dependente e está em aprofundamento e agravamento da dependência. Ao se chegar no estágio em que a bebida não dá mais prazer algum e, por outro lado, trouxe uma série de problemas pessoais e sociais, o alcoólatra está preso ao vício porque ao tentar interromper o consumo de álcool surgem os efeitos da abstinência. Nessa fase o alcoolista bebe não mais por prazer, mas para não sofrer os efeitos da abstinência alcoólica. É nesta fase que o Acamprosato atua. Além de inibir os efeitos agudos da abstinência como os benzodiazepínicos fazem, o Acamprosato inibe o desejo pelo álcool nessa fase, diminuindo as taxas de recaída para os pacientes que interromperam o consumo de álcool.
A principal atividade do Acamprosato é sobre os neurotransmissores gabaérgicos, taurinérgicos e glutamatérgicos, envolvidos no mecanismo da abstinência alcoólica.
O Acamprosato tem poucos efeitos colaterais, os principais indicados foram confusão mental leve, dificuldade de concentração, alterações das sensações nos membros inferiores, dores musculares, vertigens.
Ondansetrona
Esta medicação vem sendo usada e aprovada como inibidor de vômitos, principalmente nos pacientes que fazem uso de medicações que provocam fortes enjôos como alguns quimioterápicos. Recentemente vem sendo estudado seu efeito no tratamento do álcool. Esses estudos ainda estão em fase preliminar, uma possível aprovação para o alcoolismo deverá levar talvez alguns anos.
Essa medicação tem um efeito específico como antagonista do receptor serotoninérgico 5-HT3. A forma de ação é parecida a da Naltrexona, inibindo o reforço positivo, o prazer que o álcool dá nas fases iniciais do alcoolismo. Os pacientes que tomam Ondansetrona tendem a beber menos que o habitual.
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tex/drg/alc009.htm
24/11/2009
Alcool + Direção = Acidentesss!!!

Estatisticamente o número de mortes em acidentes de trânsito por ingestão de álcool no Brasil equivale a 19 pessoas por 100 mil habitantes. Na França, essa média é de 7 por 100 mil habitantes e, nos Estados Unidos, 12 por 100 mil.Isto ocorre pois o motorista quando embriagado tem uma falsa sensação de segurança, diminuição do controle muscular e coordenação, sua habilidade de avaliar a velocidade e distancia é prejudicada e ocorre uma redução de capacidade visual , por esses inúmeros fatores a ocorrência de acidentes de transito é grande.
Porém para frear esses índices foi instaurada uma nova lei chamada (Lei Seca), onde proíbe que motoristas dirijam sobre o efeito de álcool, e a mesma reduziu o número de acidentes principalmente nas rodovias. Em Sergipe, dados da Polícia Rodoviária Federal, no período de 19 de junho de 2007 até 17 de junho de 2008, antes da Lei Seca entrar em vigor, foram registrados um. 220 acidentes nas rodovias federais. Após a lei, ou seja, de 19 de junho de 2008 até a última terça-feira, 16 de junho, foram registrados 1.150, numa variação de -5,74%.
Entretanto o importante é o respeito de todos que usam a via publica para com os princípios de uma vida civilizada.
29/10/2009
Campanha contra o alcoolismo
As imagens são chocantes e muito tristes. E é tudo verdade.
Em 1999, na cidade de Austin, Texas - EUA motorista embriagado provocou acidente que desfigurou uma venezuelana de 20 anos.
A história e as imagens serviram para uma campanha contra o álcool patrocinada pelo estado do Texas.
O rosto deformado é mostrado em cartaz com a legenda:
" Nem todo mundo que é atingido por um motorista bêbado morre"
Cerveja com alto teor alcoólico causa polêmica
Uma cervejaria escocesa chamada BrewDog alega que lançou a cerveja mais forte da Grã-Bretanha, com 18,2% de teor alcoólico. A cerveja, chamada Tokyo, vem em uma garrafa de 330 ml e tem seis unidades de álcool, duas vezes o limite médio diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para um homem adulto.
Cada unidade significa 10g de álcool. Segundo a OMS, homens não devem exceder a ingestão de 21 unidades por semana e as mulheres, 14 unidades.
A Tokyo usa em sua composição jasmim, cranberries (uma fruta do hemisfério norte), malte e lúpulo americano, e é fermentada com levedura de champanhe para aumentar o teor alcoólico.
O lançamento da BrewDog foi criticado por instituições relacionadas ao alcoolismo, mas a cervejaria insistiu que a nova bebida vai ajudar a combater a cultura local do consumo rápido de grandes quantidades de bebida alcoólica. "Cervejas produzidas em massa, industrializadas, são tão suaves e sem sabor que você fica inclinado a beber uma grande quantidade", afirmou o fundador da BrewDog, James Watt.
Ele afirma que está desafiando as pessoas a consumir menos bebidas alcoólicas e educando o paladar dos apreciadores com cervejas artesanais que possuem profundidade de sabor, corpo e caráter.
Porém, para a Alcohol Focus Scotland, uma organização não governamental (ONG) escocesa que combate o alcoolismo, o argumento da cervejaria é um engano e a alta porcentagem de álcool da Tokyo pode causar tantos danos quanto o excesso de bebidas.
"Esta companhia está completamente enganada se pensa que uma cerveja com 18,2% de álcool por volume vai ajudar a resolver os problemas da Escócia com bebidas alcoólicas", afirmou Jack Law, diretor executivo da organização. Ele acrescentou que é absolutamente irresponsável lançar uma cerveja tão forte em um momento em que a Escócia enfrenta níveis sem precedentes de problemas de saúde e sociais relacionados ao álcool.
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Fonte: http://www.bancodesaude.com.br/guia-saude/143529072009-cerveja-com-alto-teor-alcoolico-causa-polemica
27/10/2009
Síndrome de Abstinência Alcoólica

A Síndrome de Abstinência Alcoólica corresponde às mudanças pelas quais o corpo passa quando uma pessoa subitamente deixa de beber depois de usar álcool de forma intensa e prolongada. Os sintomas incluem tremores, insônia, ansiedade e outros sintomas físicos e mentais.
O Álcool tem um efeito lentificador no cérebro (também chamado efeito sedativo ou efeito depressor). Em uma pessoa que bebe muito, a longo prazo, o cérebro é exposto quase continuamente ao efeito depressor do álcool. Com o passar do tempo, o cérebro ajusta sua própria química para compensar este efeito. Ele faz isso através da produção de substâncias químicas naturalmente estimulantes (como a serotonina ou a noradrenalina - que são “parentes” da adrenalina) em quantidades maiores que as normais. Se o álcool é retirado de repente, o cérebro se comporta como um veículo acelerado que perdeu os freios. Conseqüentemente, a maioria dos sintomas da abstinência alcoólica (retirada) são sintomas que acontecem quando o cérebro é superestimulado.
A forma mais perigosa de abstinência alcoólica acontece em uma em cada 20 pessoas que têm síndrome de abstinência. Esta condição é chamada Delirium Tremens. No Delirium Tremens, o cérebro não pode reajustar sua química lentamente depois que o uso álcool foi interrompido. Isto cria um estado de confusão temporária e leva a perigosas mudanças na maneira como o cérebro regula a circulação e a respiração. Os sinais vitais do corpo como sua freqüência cardíaca ou a pressão sanguínea podem mudar drasticamente, de forma imprevisível, levando ao risco de ataque do coração, derrame cerebral ou morte.
Se o cérebro já está acostumado aos hábitos da pessoa que bebe muito, ele pode levar algum tempo para se ajustar novamente. A síndrome de abstinência ao álcool ocorre em um padrão previsível depois da última bebida alcoólica. Nem todos os sintomas se desenvolvem em todos os pacientes:
Tremores – Os tremores normalmente começam entre 5 e 10 horas após a última bebida e alcançam o máximo entre 24 e 48 horas. Junto com os tremores, pode haver taquicardia (pulso rápido), aumento da pressão sanguínea, respiração rápida, sudorese, náuseas, vômitos, ansiedade ou um estado de alerta hiperativo, irritabilidade, pesadelos, além de insônia.
Alucinações – Este sintoma normalmente começa dentro de 12 a 24 horas depois da última bebida, e pode durar até dois dias após ter começado. Se isto acontecer, a pessoa alucina (vê ou sente coisas que não são reais). É comum às pessoas que estão abstinentes do álcool verem múltiplos objetos pequenos, semelhantes, se movimentando. Às vezes a visão é de insetos rastejando, estrelinhas piscando ou moedas caindo. É possível que uma alucinação na abstinência alcoólica seja uma visão muito detalhada e imaginativa.
Ataques epiléticos da abstinência alcoólica - Ataques epiléticos podem acontecer de 6 a 48 horas após a última bebida, e é comum vários ataques epiléticos acontecerem por várias horas. O pico de risco é de 24 horas. Em geral eles são ataques epiléticos do tipo tônico-clônicos (como no mal epilético).
Delirium Tremens - O delirium tremens começa geralmente de dois a três dias depois da última bebida, mas pode demorar mais de uma semana para aparecer. Sua intensidade de pico normalmente alcança quatro a cinco dias da última bebida. Esta condição causa alterações perigosas na respiração, na circulação e no controle de temperatura. Pode fazer o coração bater muito rápido ou pode fazer a pressão sanguínea aumentar dramaticamente; e pode causar desidratação perigosa. O delirium tremens também pode reduzir temporariamente a quantidade de fluxo de sangue ao cérebro. Os sintomas podem incluir confusão mental, desorientação, estupor ou perda de consciência, comportamento agressivo, convicções irracionais, sudorese, perturbações do sono e alucinações.
A abstinência alcoólica é fácil de se diagnosticar se a pessoa tiver sintomas típicos que aparecem depois que ela deixa de beber de forma “pesada”, habitual. Se o paciente tiver uma experiência no passado de ter tido síndrome de abstinência, é provável que venha a devolver se novamente interromper a bebida subitamente. Não há nenhum exame específico que possa ser usado para diagnosticar a síndrome de abstinência alcoólica.
Se o paciente já teve outros episódios de síndrome de abstinência alcoólica, significa que ele já consumiu álcool o bastante para ter danificado outros órgãos. É preciso discutir com o médico sobre este problema para que ele possa examinar cuidadosamente a pessoa. Ele irá solicitar exames de sangue para verificar o quanto o álcool causou lesão ao fígado, ao coração, aos nervos dos pés, às células do sangue, e ao trato gastrintestinal. Ele irá avaliar a dieta que o paciente habitualmente consome e irá checar as deficiências de vitamina que possam existir, pois a desnutrição é comum quando alguém é dependente do álcool.
Normalmente é difícil para as pessoas que bebem serem completamente honestas sobre o quanto elas têm bebido. É preciso que a pessoa informe a história do consumo de álcool para que ela assim possa ser tratada seguramente da síndrome de abstinência.
O alcoolismo é causado por muitos fatores. Se a pessoa tiver um irmão ou pai com alcoolismo, ela tem três a quatro vezes mais probabilidade de desenvolver o alcoolismo que a média da população. Algumas pessoas com histórias familiares de alcoolismo escolhem se privar de beber, pois desta forma garantem que o hábito não se desenvolva. Muitas pessoas sem uma história familiar também desenvolvem alcoolismo. Se a pessoa tem se preocupado com a quantidade de bebida que tem consumido, ela deve conversar com seu médico.
Se a pessoa tiver vômitos severos, ataques epiléticos ou Delirium Tremens, o lugar mais seguro para ela ser tratada é em um hospital. Para o Delirium Tremens, o tratamento em uma Unidade de Cuidados Intensivos (UTI) é freqüentemente indicado. Em uma UTI, a freqüência cardíaca, a pressão sanguínea e a freqüência respiratória serão monitoradas de perto no caso de ser necessário um suporte de vida de emergência (como respirar artificialmente por uma máquina).
Medicamentos chamados benzodiazepínicos podem minorar a síndrome de abstinência do álcool. Os medicamentos geralmente usados neste grupo incluem o Diazepam (Diempax ®, Valium ®), o Clordiazepóxido (Psicossedin ®) e o Lorazepam.
A maioria das pessoas que consome muito álcool e que estão tendo síndrome de abstinência tem uma escassez de várias vitaminas e minerais e podem beneficiar de suplementos nutricionais. Em particular, o abuso do álcool pode criar uma escassez de folato, de tiamina, de vitamina B12, de magnésio, de zinco e de fosfato. O álcool também pode causar baixos níveis de açúcar no sangue.
Recomenda-se que um especialista (psiquiatra) ajude nos cuidados de uma pessoa que está com abstinência alcoólica.
Peça ajuda se você ou alguém que você ama tem um problema relacionado ao álcool. O alcoolismo é uma doença que pode ser tratada.
Se você tem um problema de dependência do álcool e decidiu deixar de beber, procure um psiquiatra ou clínico geral e peça ajuda. Eles poderão aconselhá-lo e poderão prescrever medicamentos para tornar a síndrome de abstinência mais tolerável, caso ela aconteça. O médico também pode colocá-lo em contato com recursos locais que o ajudarão a ficar livre do álcool, como os Alcoólicos Anônimos (AA).
A abstinência alcoólica é comum, mas o Delirium Tremens só acontece em 5% das pessoas que têm abstinência alcoólica. O delirium tremens é perigoso, matando até 1 em cada 20 pessoas que desenvolvem seus sintomas.
Depois que a abstinência estiver completa, é essencial que não se comece a beber novamente. Programas de tratamento do alcoolismo são importantes porque eles melhoram as chances de se ficar fora de álcool a longo prazo. Só aproximadamente 20% dos alcoólicos conseguem se privar permanentemente do álcool sem a ajuda de tratamento formal ou de programas de auto-ajuda como Alcoólicos Anônimo (AA). Das pessoas que acompanham o AA, 44% daquelas que permaneceram livres do álcool por um ano provavelmente permanecerão abstinentes durante mais um ano. Este cenário aumenta para 91% para aqueles que permaneceram abstinentes e acompanharam o AA durante 5 anos ou mais.
22/10/2009
Álcool e Sistema Nervoso Central

O álcool atua como um depressor de muitas ações no Sistema Nervoso Central (SNC) e seus efeitos sobre este são dose-dependentes (veja quadro 1).
Em pequenas quantidades, o álcool promove desinibição, mas com o aumento desta concentração, o indivíduo passa a apresentar uma diminuição da resposta aos estímulos, fala pastosa, dificuldade à deambulação, entre outros. Em concentrações muito altas, ou seja, maiores do que 0.35 gramas/100 mililitros de álcool, o indivíduo pode ficar comatoso ou até mesmo morrer. A Associação Médica Americana considera como uma concentração alcoólica capaz de trazer prejuízos ao indivíduo 0.04 gramas de álcool/100 mililitros de sangue. 1
Adaptado de Dubowski, K.M, 1985 (2)
Efeitos do Álcool Sobre os Neurotransmissores
O etanol é uma substância depressora do SNC e afeta diversos neurotransmissores no cerébro, entre eles, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e o glutamato.
GABA
O ácido Gama-amino-butírico é o principal neurotransmissor inibitório do SNC. Existem dois tipos de receptores deste neurotransmissor: o GABA-alfa e o GABA-beta, dos quais, apenas o GABA-alfa é estimulado pelo álcool. O resultado é um efeito ainda mais inibitório no cérebro, levando ao relaxamento e sedação do organismo. Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool, tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento e respiração.
Evidências científicas sugerem que o álcool inicialmente potencializa os efeitos do GABA, aumentando os efeitos inibitórios, porém, com o passar do tempo, o uso crônico do álcool reduz o número de receptores GABA por um processo de ?down regulation? o que explicaria o efeito de tolerância ao álcool, ou seja, o fato do indivíduos necessitarem de doses maiores de álcool para obter os mesmos sintomas anteriormente obtidos com doses menores. 3Os sintomas de abstinência podem ser explicados pela perda dos efeitos inibitórios, combinado com a deficiência de receptores GABA. A interação entre o etanol e o receptor para o GABA foi melhor estabelecida a partir de estudos que demonstraram haver redução de sintomas da síndrome de abstinência alcoólica pelo uso de substâncias que aumentam a atividade do GABA, como os inibidores de sua recaptação e os benzodiazepínicos, mostrando a possibilidade do sistema GABAérgico ter efeito na fisiopatologia do alcoolismo humano.3 Glutamato O glutamato é o neurotransmissor excitatório mais importante do cérebro humano, parecendo ter um papel crítico na memória e cognição. O álcool também altera a ação sináptica do glutamato no cérebro, reduzindo a neurotransmissão glutaminérgica excitatória. Devido aos efeitos inibitórios sobre o glutamato, o consumo crônico do álcool leva a um aumento dos receptores glutamatérgicos no hipocampo que é uma área importante para a memória e envolvida em crises convulsivas. Durante a abstinência alcoólica*, os receptores de glutamato, que estavam habituados com a presença contínua do álcool, ficam hiperativos, podendo desencadear de crises convulsivas à acidentes vasculares cerebrais. 3*Síndrome de abstinência - Inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade e irritabilidade. Casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis (delirium tremens).4Outros neurotransmissores O Álcool estimula diretamente a liberação de outros neurotransmissores como a serotonina e endorfinas que parecem contribuir para os sintomas de bem-estar presentes na intoxicação alcoólica. Mudanças em outros neurotransmmissores foram menos observadas.
Danos do Álcool ao Cérebro
Dificuldades em andar, visão borrada, fala arrastada, tempo de resposta retardado e danos à memória. De maneira clara, o álcool afeta o cérebro. Uma série de fatores podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro, a saber:
-Quantidade e freqüência de consumo de álcool;
-Idade de início e o tempo de consumo de álcool;
-Idade do indivíduo, nível de educação, gênero sexual, aspectos genéticos e histórico familiar de alcoolismo;
-Risco existente de exposição pré-natal ao álcool; e
-Condições gerais de saúde do indivíduo.
Transtorno Amnésico Alcoólico
O uso de álcool pode produzir danos detectáveis à memória após apenas algumas doses e à medida que o consumo aumenta, também aumentam os danos ao cérebro. Altas quantidades de álcool, especialmente quando consumidas de maneira rápida e com o estômago vazio, podem produzir um “branco” ou um intervalo de tempo no qual o indivíduo intoxicado não consegue recordar detalhes de eventos ou até mesmo eventos inteiros. Os estudos sugerem que as mulheres são mais susceptíveis do que os homens para vivenciar esses efeitos adversos sob mesmas doses de álcool. Essa ação parece estar relacionada às diferenças orgânicas existentes entre homens e mulheres no metabolismo dessa substância.
Síndrome de Wernicke-Korsakoff
Os danos causados pelo álcool no cérebro pode ser decorrentes tanto de causas diretamente ligadas ao uso de álcool como de fatores indiretos, como saúde geral debilitada ou doença hepática severa. A deficiência de tiamina, por exemplo, pode ser um desses fatores. A tiamina, conhecida também com vitamina B1, é um nutriente importante para todos os órgãos e tecidos, incluindo o cérebro.
Mais de 80% dos alcoolistas apresentam deficiência desse nutriente. Uma parcela dessas pessoas sofrerá conseqüências severas no cérebro tais como a Síndrome de Wernicke-Korsakoff. Trata-se de uma doença caracterizada por duas diferentes síndromes, uma de curta duração chamada Wernicke e outra permanente e bastante debilitante chamada Korsakoff. Os sintomas da Síndrome de Wernicke incluem confusão mental, paralisia dos nervos que movem os olhos e dificuldades de coordenação motora. Aproximadamente 80 a 90% desses pacientes manifestam a Síndrome de Korsakoff, caracterizada por perdas de memória anterógrada (eventos futuros) e de memória retrógrada (eventos passados).
A boa notícia fica por conta do fato de a maioria dos alcoolistas que apresentam problemas cognitivos apresentam ao menos alguma melhora nas estruturas cerebrais a partir de 1 ano de abstinência do álcool.
Bibliografia:1. The American Medical Association, Report 14 of the Council on Scientific Affairs (A-97)-Drivers Impaired by Alcohol(http://www.ama-assn.org/ama/pub/article/2036-8134.html)2. Dubowski, K.M (1985). Absorption, distribution and elimination of alcohol: Highway safety aspects. Journal of Studies on Alcohol (Suppl. 10):98-108. (http://www.rci.rutgers.edu/~cas2/journal/)3. Berman, M.O., Shagrin, B., Evert D.L., Epstein C. (1997). Impairments of Brain and Behavior ? The neurological effects of alcohol. Alcohol Health & Research World. Vol. 21, no. n1. (http://www.niaaa.nih.gov/publications/arh21-1/65.pdf)4. Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)/Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein5. National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA) - Alcohol Alert, No 63, 2004 (http://pubs.niaaa.nih.gov/publications/aa63/aa63.htm)
14/10/2009
*Absinto


Absinto é uma bebida que mistura óleo essencial da planta Absinto com mais 15 ervas, tudo dissolvido em alcool 70%. A bebida foi criada em 1792 pelo dr. Pierre Ordinaire, um médico francês radicado na Suiça, que inventou a fórmula para servir de remédio para seus pacientes. Em 1805, o Absinto perdeu seu caráter medicinal e ganhou o status de "bebida nacional" franco-suíça.


O licor francês Pernoud, possui praticamente o mesmo sabor do Absinto convencional.
02/10/2009
CACHAÇA
Saiba o amigo que empunha o copo e enseja o papo que as bebidas destiladas são mais antigas do que imaginam muitos bebedores diletantes e praticantes. Contam as crônicas da História Universal que o processo de destilação como se conhece hoje foi desenvolvido por volta do ano 3.000 antes de Cristo. E que lá pelo 800 antes do nascimento do Salvador surgiu o arak, a mais antiga aguardente de que se tem notícia, produzida à base de arroz e melaço, que foi nascido na Índia e levado depois para os países árabes. E ainda que o nome “aguardente” foi escrito pela primeira vez pelo naturalista romano Plínio, o Velho (23/79 d.C.), que registrou na sua “História Natural” o processo de obtenção da “acqua ardens”, ou “água que pega fogo”.
Pois a Humanidade passou alguns milênios tomando os mais diferentes tipos de aguardente, até que numa certa quadra do século XVI as caravelas portuguesas cruzaram o Atlântico e cá vieram a descobrir o Brasil, ó pá! As conseqüências dessa aventura foram tantas e tão difícil é enumerá-las, mas uma certamente foi muito especial: o surgimento da cachaça, a aguardente à base de cana-de-açúcar, que há de se eternizar como a mais genuína expressão, na forma de bebida, da alma brasileira.
A verdade verdadeira a respeito de como o fato se deu, isso ninguém sabe contar, e não há documentos confiáveis pra comprovar nenhuma das muitas versões sobre a história que circulam na praça. Umas das mais faladas diz que, nos engenhos coloniais, a garapa de cana era servida ao gado no cocho, e acabava fermentando naturalmente. Por conta do forte calor tropical, o caldo evaporava e acabava se condensando no teto, voltando ao estado líquido. Num certo dia iluminado, as gotas teriam pingado nas costas chicoteadas de um escravo. Segundo a lenda, ardeu tanto que o sujeito resolveu investigar o que era aquilo. Cheirou, provou e gostou, e daí pra entender o processo e fazer a primeira destilação teria sido só mais um passo. Mas, na opinião de dez entre dez historiadores, o caso assim contado é pura fantasia.
Bem mais fácil é acreditar que a cachaça brasileira tenha sido fruto da adaptação, às condições da colônia, da milenar tradição européia de consumir destilados. Antes de atravessar o oceano, os pioneiros portugueses celebravam suas alegrias e afogavam suas mágoas ao sabor da bagaceira, aguardente à base de uva fabricada nas vinícolas da península. Chegados aqui a esta terra de Santa Cruz, eles até tentaram, mas as parreiras não vingaram. Ao contrário dos canaviais, que vicejavam com invejável força e vigor nas áreas recém abertas ao cultivo. Era uma conta muito fácil de ser feita: tudo o que tem açúcar fermenta; tudo o que fermenta é passível de ser destilado; a cana é o vegetal mais eficiente na produção de açúcar; portanto, fermente-se o caldo, destile-se o mosto resultante, e estará pronta a aguardente pra aplacar a sede dos colonizadores. Pensado, recitado e feito, o mais certo é que tenha sido desse jeito que surgiu a cachaça, que ao longo da história se transformaria num dos pilares da construção econômica, social e cultural do Brasil.
28/09/2009
VODKA
Popularmente a vodka tem 40% de teor alcoólico, porém sua graduação pode variar de 35 a 60% isso depende muito da região onde esta sendo produzida, por exemplo na União Européia o teor alcoólico é no mínimo 37.5% enquanto na América é de 37%.
A vodka é mais consumida em países com clima muito frio do leste Europeu, como a Rússia,Bielorussia,Ucrânia e nos países nórdicos. Apesar de ser consumida pura nos países onde é mais popular, a vodka em outros países é consumida misturada com outras bebidas como sucos de frutas e refrigerantes. Tornou-se popular no mundo todo a partir dos anos 70 quando barmens começaram a substituir bebidas destiladas tradicionais pela vodka na preparação de coquetéis.
Existem varios tipos de vodka , sendo classificados basicamente como:
•Ocidental - prima pela pureza e claridade, possuindo aroma neutro e um sabor de álcool limpo combinado à suavidade. As técnicas de produção levaram a uma vodka com mínimas quantidades de resíduos aromáticos e de sabor;
•Polonês - é caracterizada pela pureza, mas cria uma vodka de sabor e aroma mais acentuados. Possui um discreto aroma adocicado e um paladar suave, onde o sabor adocicado demora a desaparecer. São ligeiramente mais oleosas;
•Russo - bebidas muito suaves de sabor marcante e agradável, marcado por uma sensação de queimação depois de ingeridas.
Algumas pessoas consomem o destilado puro, sem a adição de sucos e/ou refrigerantes, adicionam somente gelo. Para algumas pessoas é mais saboroso consumir a vodka pura do que com outras misturas, porém assim aumenta o risco de acidentes, pois aumenta a rapidez de embriaguez, e a longo prazo ficam mais sucetíveis à doenças. Outras acreditam que o destilado com frutas diminui esse risco oua bebida fica mais fraca, o que é um engano, pois bebidas doces embriagam aos poucos sem a 'percepção' do indivíduo.
23/09/2009
RUM

A cana-de-açúcar começou a ser cultivada nas Canárias, em 1433, e dali transportada pelas esquadras de Cristóvão Colombo para as índias (novo mundo).
Nos princípios do século XVI surgiu o primeiro rum destilado a partir da cana-de-açúcar. Existem várias histórias e lendas sobre o rum que envolvem os piratas da época. Alguns "experts" na matéria defendem que a palavra rum deriva de Rumbullion ou Rumbustion. Expressões usadas, na gíria, pelos ingleses para descrever os excessos provocados pelos bêbados. Outros afirmam que a palavra rum tem origem latina, saccharum (açúcar). No século XVII, o rum era já muito conhecido, sendo considerado como uma bebida medicinal que curava todas as doenças e expulsava os "demónios" do corpo. Em 1775 o rum era a bebida mais vendida na América, o consumo anual per capita era de aproximadamente 18 litros.
Rum cubano: rum leve, com teor alcoólico de 40°GL, pode ter coloração transparente (para coquetéis) ou dourada. A marca mais famosa deste tipo de Rum é a Havana Club (propriedade do Estado Cubano), esta marca surgiu através da Bacardi quando esta foi privatizada para os EUA. Por esta razão, a Bacardi é uma marca americana, sendo muitas vezes considerada erradamente uma marca cubana.
Rum da Jamaica: o mais forte de todos os tipos de rum. Tem teor de quase 75°GL, e geralmente é exportado para a Inglaterra, onde é envelhecido em tonéis de carvalho por muitos anos;
O álcool é consumido por via oral e é um desinibidor e depressor. Após a sua ingestão, começa a circular na corrente sanguínea, afetando todo o organismo, em especial o fígado. A nível dos neurotransmissores, é facilitador da transmissão dopaminérgica, que está associada às características aprazíveis das drogas. Bloqueia o funcionamento do sistema nervoso central, provocando um efeito depressor. A aparente estimulação conseguida com o álcool é, na realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controlo inibitório do cérebro. Em primeiro lugar são afetados os centros superiores (o que se repercute na fala, pensamento, cognição e juízo) e posteriormente deprimem os centros inferiores (afetando a respiração, os reflexos e, em casos de intoxicação aguda, provocando coma). Apesar da ampla função terapêutica do álcool durante a Idade Média, atualmente tem uma utilização muito restrita a este nível. É usado para desinfecção e cura de algumas lesões na pele. O consumo moderado de álcool pode ser benéfico, dado que reduz o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.
É muito procurada devido à crença de que os seus efeitos são estimulantes. De fato, as bebidas alcoólicas podem induzir um estado inicial de desinibição, loquacidade, euforia, falsa segurança em si próprio e, por vezes, impulsos sexuais desinibidos ou agressivos. O fato do indivíduo se sentir muito seguro de si próprio, como conseqüência da depressão do sistema nervoso, poderá potenciar a adoção de comportamentos perigosos. Neste âmbito, fazemos referência ao exemplo dos acidentes de tráfego, a primeira causa de morte entre os jovens.
Quando consumido de forma crônica pode provocar efeitos a longo prazo nos diferentes órgãos vitais. Assim sendo, pode verificar-se a deterioração e atrofia do cérebro, anemia, diminuição das defesas imunitárias, alterações cardíacas (miocardite), hepatopatia, cirrose hepática, gastrite, úlceras, inflamação e deterioração do pâncreas, transtornos na absorção de vitaminas, hidratos e gorduras, rebentamento de capilares, cancro e danos cerebrais. Também a nível psicológico e neurológico estes efeitos poderão ser notados - irritabilidade, insônia, delírios por ciúmes, mania da perseguição, psicose e, nos casos mais graves, encefalopatias com deterioração psico-orgânica (demência alcoólica).
O álcool origina tolerância e grande dependência física e psicológica. Em alguns casos, encontra-se a chamada tolerância negativa, a qual se encontra em indivíduos que ficam completamente ébrios com o consumo de uma pequena quantidade de etanol.
O síndrome de abstinência provocado pela supressão do álcool costuma ser bastante intenso, requer, por vezes, cuidados médicos urgentes. Geralmente, nas primeiras horas de privação pode sentir dor de cabeça forte, náuseas, enjôo, vômitos, inquietação, nervosismo e ansiedade, aos quais se podem seguir cãibras musculares, tremores e grande irritabilidade.
18/09/2009
TEQUILA
A Tequila é uma bebida alcoólica destilada originária do México, onde foi criada a mais de 200 anos.É feita através da destilação do sumo de uma planta da América Central, o Agave tequilana (também chamado agave azul). Ela é produzida em região demarcada pela Lei Mexicana no Estado de Jalisco onde se encontra a pequena povoação de Tequila, que lhe deu o nome, e onde se concentram os principais produtores. Fortemente aromática, a bebida apresenta diferentes graus de cor, sabor e aroma conforme o tempo de envelhecimento sendo designada por tequila Blanco, Joven, Reposado, Añejo e Extra Añejo em ordem crescente do tempo de maturação. Cada 100ml de tequila tem cerca de 200 calorias e o teor alcóolico é bastante alto, sendo de cerca de 38% de álcool por volume.
Assim como outras bebidas de luxo, a tequila tem um copo especial para ser degustada, o “caballito”, com cerca de 60 ml de volume. Tradicionalmente, a bebida é ingerida após um ritual: o 'shot', com sal e limão. Não se sabe ao certo de onde surgiu esse ritual, mas imagina-se que tenha surgido durante uma epidemia de gripe na década de 20, onde alguns médicos, passaram a receitar shots de tequila como tratamento.
Além da forma mais tradicional de degustação desta bebida, existem algumas “ receitas” mais exóticas, como a 'Bandeira Mexicana': Um shot de tequila (dourada), um shot de suco de limão (verde) e um shot de sangrita, suco de tomate com tempero típico.
14/09/2009
Bebidas Alcoólicas - CERVEJA

A cerveja foi uma das primeiras bebidas alcoólicas a serem inventadas, aproximadamente em 600 a.C., e provavelmente seja a bebida mais consumida.
Mesmo com muitas pessoas dizendo que um pouco de álcool é bom para a saúde, que a cerveja ajuda a resolver problemas, como cálculo renal, Ela é sim uma bebida alcoólica e tem seu teor de álcool entre3,5% até 8%. De acordo com um estudo realizado no ano 2000 pela Organização Mundial de Saúde, a OMS, o alcoolismo é a terceira maior doença no Brasil, perdendo somente para os males do coração e os tumores, sendo ainda a principal causa de acidentes de trânsito, que, por sua vez, estão entre as três principais causas de morte de jovens de 15 a 24 anos no Brasil. Ainda de acordo com este estudo, 5,6% de todas as mortes de homens ocorridas no planeta e 0,6% de mulheres são atribuídas ao consumo de álcool.
Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Desta forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública.
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com uma outra pessoa que não está acostumada a beber. O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e um mal-estar geral. Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool.
A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos, ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes são provocados por motoristas que haviam bebido antes de dirigir. Neste sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou a vigorar em Janeiro de 1998) deverá ser penalizado todo o motorista que apresentar mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chupe), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).
Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais frequentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são frequentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração).
07/09/2009
Os licores Squeeze Hennep e Kierewiet

28/08/2009
Drogas de Abuso: Bebidas Alcoólicas
Há bebidas que fazem bem à saúde quando administradas com moderação, como o vinho tinto que possui flavonóides, substâncias essas que previnem as doenças cardiovasculares por sua ação antioxidante, evitando assim a deposição de placas de gordura nas artérias.
A ingestão de álcool dá uma sensação estimulante, que seria a diminuição da inibição, agindo da seguinte forma: no cérebro tem ação depressiva e no SNC reduz a capacidade mental e física diminuindo reflexos e a habilidade para a realização de tarefas complexas como conduzir um veículo. Qualquer quantidade de álcool ingerida, mesmo que mínima, compromete a segurança do condutor e dos demais cidadãos.
A absorção do álcool no organismo e seus efeitos:
A mucosa bucal absorve uma parte do álcool ingerido e a maior parte é absorvida pelo estômago e intestino delgado e consequentemente encaminha-se para corrente sanguínea. Em mais ou menos uma hora, 90% do álcool é absorvido, porém sua eliminação feita pelo fígado (aprox. 98%), respiração (aprox. 8%) e uma pequena parte eliminada através da transpiração (aprox. 2%), pode durar de 6 à 8 horas.
Os efeitos provocados pelo álcool e duração dos mesmos variam de indivíduo para indivíduo, independente de estar bem alimentado e/ou ingerir alguma bebida mais fraca, pois o mesmo irá certamente alterar o estado físico e mental e o que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido.
A ingestão de álcool regularmente gera tolerância aos efeitos, porém para que os efeitos se apresentem há a necessidade do maior consumo da droga, assim, o indivíduo se torna dependente podendo apresentar sintomas de abstinência quando param de beber, como:irritabilidade, sonolência, falta de apetite, tremores, convulsões e alucinações.
Não há como saber seus limites nem a hora de beber, pois nenhum indivíduo está livre dos efeitos do álcool e uma das funções que é primeiramente afetada é a capacidade autocrítica. Portanto, quem costuma se exceder deve evitar o primeiro gole.
A associação do álcool com outros tipos de drogas como: cocaína, tranqüilizantes, barbituratos, antihistamínicos, levam ao aumento do efeito e em alguns casos a morte.
Droga é toda e qualquer substância que provoca modificações no organismo, portanto, por mais que o álcool seja consumido de forma legalizada (para maiores de 18 anos), é considerado uma droga psicotrópica, causa dependência, distúrbios psíquicos e a longo prazo é letal!